Publicado em: 13 de agosto de 2019
Os setores da indústria e varejo já podem contar um sistema de compartilhamento de informações de produtos criado com o objetivo melhorar a eficiência de toda a cadeia de abastecimento, iniciativa idealizada pela Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil e a Associação Paulista de Supermercados (Apas).
A tecnologia permitirá o registro desde a fotografia das embalagens até a qualificação total das informações dos produtos, tudo disponibilizado em uma plataforma que pode ser acessada a partir de qualquer dispositivo.
Hoje, as descrições da nota fiscal de um fabricante não conferem com as do varejista, o que gera perda de produto, pois a nota não é computada”, explica João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil. A plataforma visa padronizar as informações de cada produto seguindo uma norma de qualificação de dados.
Uma nova empresa, que deve iniciar suas operações em setembro, será responsável por oferecer a plataforma unificada de dados, e a prestação de serviços à cadeia de abastecimento conta com o apoio do Laboratório de Serviço de Qualidade de Dados de São Paulo, que utiliza equipamentos avançados de medição, pesagem e qualificação de dados de produtos para atender aos mais diversos setores da indústria.
Os atributos de cada produto cadastrado na plataforma são definidos pela própria indústria.A partir daí, o banco de dados é compartilhado com distribuidores, atacadistas e varejistas. Assim, evita-se duplicidade de cadastros, como acontece hoje entre a indústria e os estabelecimentos comerciais
“Queremos ser um concentrador de todos esses dados, de forma que todo mundo que queira informação sobre aquele produto não vai ter dúvida na hora que recorrer a esse cadastro único”, destaca o superintendente da Apas, Carlos Correa.
O estudo Tendências de Empresas, realizado pela GS1 Brasil em parceria com a H2R Pesquisas, revela que a qualidade dos dados de produtos fornecidos entre parceiros comerciais tem impacto direto na agilidade das vendas e entregas e na redução de custos operacionais.
Por exemplo, 26% das empresas entrevistadas no estudo afirmaram já ter tido problemas de atraso na entrega para o distribuidor ou o varejo decorrente da inconsistência nos dados de produtos. Outros 25% afirmaram já ter encontrado divergência entre pedido e nota fiscal, que pode acarretar problemas de logística, como entregas frustradas e retorno dos pedidos.
De acordo com um estudo feito em parceria entre a Ernst & Young e a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), em 2018 falhas operacionais foram responsáveis por 19% das perdas no varejo. Segundo a consultoria, elas poderiam ser minimizadas com técnicas de monitoramento.
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