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Estacionamentos e shoppings ociosos podem ser aliados da mobilidade urbana?


Publicado em: 18 de maio de 2020

Nos últimos tempos, a necessidade de reformulação do modelo de negócio para os estacionamentos ficou mais evidente, visto que muitos no país estão a cada dia com mais vagas ociosas. O estudo Global Automotive Consumer Study: Future of Automotive Technologies mostra fatores agravantes desta situação, e aponta para que os empresários fiquem atentos a novas demandas em seus espaços, para manter o negócio lucrativo.

A pesquisa afirma que 62% dos jovens das gerações Y e Z que utilizam serviços de compartilhamento de automóveis acham dispensável a compra de um carro no futuro, sendo que somente 50% dos brasileiros questionam a necessidade de ter um veículo próprio. Isso acontece diante de um cenário com trânsito caótico nas cidades e maior demanda por uso de aplicativos para transporte individual de passageiros.

Com a pandemia do Coronavírus (COVID-19), o assunto precisa de mais atenção por causa do distanciamento social. Com esse problema sanitário, além do medo da população por ter que usar um carro contaminado, existia uma grande demanda de estacionamentos em relação aos aeroportos, hospitais, rodoviárias e assim por diante; a ociosidade desses lugares, que era pequena, agora ficou muito maior.

Diante desse cenário, principalmente por causa da determinação da quarentena para a população em várias cidades e estados,  muitos operadores de estacionamento, diante do decreto, foram obrigados a fechar suas unidades, por isso estão optando por concessão de férias compulsórias, negociação de contratos de locação e, como medida extrema, a redução de quadro operacional. Existem também 570 shoppings que hoje estão fechados ou com poucos clientes em sua estrutura, por causa da pandemia, os quais totalizam 1 milhão de vagas de estacionamento ociosas.

Segundo Michele Dim D’Ippolito, CEO e co-fundador da Unlog, especializada em reinventar a utilização de espaços ociosos nas grandes cidades, transformando-as em pontos de apoio para a logística, informa que é preciso mudar a mentalidade dos gestores de estacionamentos e shoppings. “Muitos já sentiram que necessitam de uma receita adicional e, para isso, é preciso reinventar seus modelos de serviços. No entanto, a maioria ainda aposta que o carro é a única maneira de gerar renda, embora isso não seja verdade. Ao mesmo tempo em que a situação se demonstra alarmista, todos precisam olhar para outras alternativas de negócios, uma vez que eles têm um grande patrimônio nas mãos”

 

Além do carro: estacionamentos têm novas oportunidades de negócios!

O PIB (Produto Interno Bruto) do setor de transporte, armazenagem e correio cresceu 2,2% em 2018, chegando a R$ 256,08 bilhões, segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ao mesmo tempo, indústrias, redes de varejo e lojas do e-commerce de todos os segmentos precisam cada vez mais de modelos de transporte e distribuição eficientes para atender com agilidade a um consumidor cada vez mais exigente em relação ao tempo e ao custo da entrega de seus pedidos.

O que já mostrava índices de crescimento positivos, nas últimas semanas, ficou ainda mais aquecido diante do cenário mundial, já que o e-commerce e a logística estão entre os poucos setores considerados essenciais que podem permanecer com grande atividade. “Por isso, ressalto que os empresários de shoppings e redes de estacionamentos precisam repensar suas unidades e criar novas frentes de geração de receitas, além de ocupar seus espaços de forma mais ativa, principalmente no setor de logística, que está em franco crescimento”,  aponta Michele Dim D’Ippolito.

Diante dessa pandemia, e com a impossibilidade de sair de suas casas, muitas pessoas compram mantimentos e esperam por tempo indeterminado pela entrega; isso porque muitos vêm de longe e ficam represados na fila de entregas do last-mile. Isso gera uma grande oportunidade para os estacionamentos, pois os mesmos podem transformar parte do seu pátio em centros de distribuição urbanos, usando o modelo de Crossdock que favorece a viabilidade fiscal. Esse modelo agiliza muito o tempo de entrega, por permitir que o operador logístico consolide a carga em um caminhão maior, que fará o transbordo das mercadorias em um pátio bem localizado para veículos menores que já estarão mais perto do destino final, explica

Outra alternativa também é alocar armários inteligentes. “ Os nossos Unpods podem ser inseridos  nesses espaços ociosos, e utilizados como pontos de retirada de mercadorias para consumidor final. Essa solução, além de evitar o contato humano (já que os dispositivos são autônomos), também evita aglomerações nos supermercados, uma vez que estão mais próximos das residências de cada família, visto que o próprio varejo tem dificuldades na entrega por compras de alimentos via internet”, relata D’Ippolito.

Os dois modelos acima são muito aderentes ao momento do segmento de estacionamentos, isso porque, se adotadas as metodologias e tecnologias certas de adequação, os espaços são de simples adaptação. Além disso, a possibilidade de renda para o operador de estacionamento é maior, já que os contratos de logística geram cerca de duas vezes mais receita por metro quadrado em relação à ocupação convencional com carros, destaca D’Ippolito.

 

Alivio para estacionamentos

 

Na última semana, a Unlog teve alta demanda pela procura por espaços para montar nanocentros de distribuição urbanos. Esse comportamento do mercado tem gerado um alívio para os operadores de estacionamentos que são parceiros da empresa. “Estabelecemos contratos de longo prazo com grandes players da indústria e e-commerce, para implementar modelos de operação que variam entre um simples fracionamento de carga até soluções de estoque avançado e crossdock, nos quais implementamos as soluções Unpods da UNLOG”, explica Michele Dim D’Ippolito .

 

“Quando olhamos para as tendências dos números e do comportamento do consumidor, fica evidente que o segmento de estacionamentos já tem um oceano de oportunidades pela frente. São milhões de metros quadrados que já estão prontos para serem explorados de forma alternativa, isso sem considerar o grande patrimônio de pátios de vagas que, por enquanto, tem seu uso limitado por estarem em locais de difícil acesso (como subsolos e andares altos em edifícios-garagem). Na visão da Unlog, esse é o verdadeiro Pré-Sal, e por isso nossa área de P&D trabalha constantemente para criar novas tecnologias e dispositivos que permitam explorar esse grande ativo, conclui D’Ippolito. Matéria desenvolvida com informações da Unlog.


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