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Mudanças no transporte e distribuição de produtos médico-hospitalares


Publicado em: 4 de junho de 2019

A sua empresa atua com a distribuição e transporte de produtos médico-hospitalares? Portanto, é preciso ficar atento às regulamentações do mercado, conforme apontadas durante o evento “Transporte de produtos médico-hospitalares: logística de ponta a ponta”, realizado na capital Paulista, na última semana, pelo Comitê de Logística Farmacêutica da Associação Brasileira de Logística.

Sobre a rastreabilidade de produtos hospitalares existe a RDC 232 de 20 de junho de 2018, que entrará em vigor no ano de 2020. Toda a cadeia de empresas envolvida deve atender às regulamentações, conforme exigências da Anvisa, alertou Luiz Thomazinho, diretor da empresa Rastreabilidade Brasil.

Mais segurança aos pacientes, atendimento à legislação, proteção da marca, maior eficiência logística e redução de ações judiciais, roubos e gargalos da produção e distribuição. Esses são alguns dos benefícios da rastreabilidade para produtos hospitalares, projeto que está em teste pela Anvisa, destacou a farmacêutica Eliane Manzano da Politec Saúde.

Logística e transporte de medical services em atendimento à cirurgias  

 A gerente de Negócios da Andreani Logística,Leila Almeida, explicou o processo de entrega de equipamentos cirúrgicos nos hospitais. Ela lembrou que, por mês, a empresa realiza cerca de 800 entregas de instrumentos cirúrgicos para procedimentos de coluna, joelhos, entre outros. “Por exemplo, para uma cirurgia de coluna, nossos colaboradores realizam a conferencia de cada equipamento em uma cirurgia complexa, que dura em torno de 4 horas, além da verificação a respeito da higiene dos objetos que voltam para o espaço da empresa”.

A ineficiência da malha rodoviária é o maior desafio diário na opinião de Mauro Henrique Pereira, diretor da BX logistics Healthcare. “As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste têm as piores estradas do país dificultando a chegada de equipamentos. O modal aéreo tem destaque no sentido de ser mais seguro e rápido, mas ainda temos poucos aviões cargueiros no país, visto que a bagagem de passageiros ainda é prioridade para muitas empresas.

Mauro Henrique Pereira também mencionou sobre o modal ferroviário, pouco usado no país, que seria uma opção menos poluentes e com baixo custo. Por outro lado, ele acredita no aumento da demanda por equipamentos hospitalares que deve surgir a partir dos investimentos público e privado, maior controle de regulamentações, crescimento do modal aéreo, aumento de vendas pelo e-commerce e mais técnicas e soluções para rastreabilidade de produtos no segmento.

Uso da tecnologia para controle de operações e prevenção de avarias 

Na opinião de Bruna Vaz, Gerente comercial na SEEN Tecnologia, a maior necessidade da logística é atender cada vez melhor os clientes que estão muito mais exigentes, além de eliminar desperdícios e reduzir custo. “ A nossa última inovação foi a criação de um sistema que capta a imagem da pessoa responsável pelo recebimento da carga via dispositivo móvel, visto que em muitos casos, alguns de nossos clientes têm o retorno que produtos e materiais não foram recebidos. Outra solução é o monitoramento em tempo real da carga transportada, quantas viagens que o caminhão ainda precisa fazer e quantas entregas já foram realizadas.

Cerca de 70% das avarias de mercadorias ocorrem durante o transporte e armazenagem e isso representa custo e prejuízo. Para diminuir esse índice, existem tecnologias que mostram e monitoram as avarias que acontecem durante a entrega de produtos médico-farmacêuticos. “Fornecemos um tipo de etiqueta que ao ser inserida na caixa de um equipamento, consegue por exemplo, informar danos durante o transporte. Essa tecnologia tem um custo muito acessível e em muitos casos, é possível até documentar para a seguradora que o produto sofreu danos durante o trajeto e período informado pela empresa. Além disso, também temos tecnologia que monitora a temperatura de uma encomenda durante todo o seu trajeto”, destaca  Roberto Pinheiro, gerente geral da Spot See na  América Latina.

Qualificação de embalagens e ambientes para produtos médicos

Atualmente, está muito em “alta”, a qualificação de embalagens e a Anvisa disponibiliza no site informações sobre o tema. É muito importante prestar atenção no requerimento de usuário para fazer o monitoramento de rota que os produtos vão seguir. A supervisora de qualidade do Grupo Emba EPS, Thais Vieira, explica que na parte do desenho da caixa, quando está em definição, é preciso ter informações sobre o tipo de transporte, temperatura do ambiente que será percorrido, localização, sensores e tipos de cargas. Ao final, é possível ter um relatório com temperatura do gelo em cada ambiente para um determinado produto, calibração, gráficos de desempenho sobre as temperaturas, entre outros.

Consulta pública sobre armazenagem de medicamentos e outros produtos hospitalares deve entrar em vigor, após autorização da Anvisa no prazo de 180 dias. Liana Montemor, do Grupo Válida,  alertou os profissionais sobre as mudanças necessárias nos processos das empresas para o atendimento à legislação. Já Eduardo Heidy. também do Grupo Válida, mencionou a importância de armazéns qualificados termicamente respeitando as necessidades de cada região do País e seus principais critérios que devem ser atendidos.

Regulamentações e importações

Não se faz boas práticas sem conhecer legislação. É preciso saber interpretar e alinhar com o dia a dia das atividades da empresa. O marco regulatório no Brasil, conhecido como RDC 16/2014 tem força de lei e quem não segue as normas da ANVISA pode ser multado ou ter produtos apreendidos e profissionais advertidos pelos órgãos reguladores. Podemos ter como base também a lei federal 5991 de dezembro de 1973, primeira legislação sanitária no País, explica Susie Gonçalves, farmacêutica da empresa Meditronic.

Depois de solicitar a licença de funcionamento da empresa com base na RDC 16/14, o próximo passo é entender e classificar os riscos dos produtos. Com a licença local e a autorização de funcionamento, já é possível pensar na importação de medicamentos e outros produtos de higiene e beleza. Silvia Barbosa e Viviane Santos, ambas profissionais da Faxe Assessoria Aduaneira, informaram que o trabalho entre o importador, despachante e transportador tem que seguir o que a RDC exige para que o processo de desembaraço de liberação dos equipamentos e produtos não fiquem proibidos de entrar no país. Mais informações sobre distribuição e transporte de produtos médico-hospitalares, você pode entrar em contato com a Associação Brasileira de Logística .

 

 


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